A
menina dos olhos brilhantes, agora, não tem mais tempo de ser triste.
Anda
cortando o vento com o nariz em riste.
Seus
olhos brilham, agora, não de molhados.
Resplandecem
a intensa luz dos anjos alados.
Agora,
por todo mundo é vista.
Não
há só um mortal que resista.
Não
senta mais, agora, no banco da praça.
Anda
por aí distribuindo sua graça.
Não
olha mais, agora, para o vazio.
Aquece
o mundo do intenso frio.
Os
passantes, agora, não mais indagam os seus.
Perguntam-na
sobre as coisas do mundo de Deus.
Seus
dias, agora, não mais são noite.
Seu
sorriso, para a dor, tornou-se um açoite.
O
Poste, agora, pergunta para onde vai.
Mas,
como um dever, ela simplesmente sai.
É
certo que irá agora.
Mas
o que deixará depois que for embora?
Alguém
ousou olhar?
Alguém
ousou perguntar?
Alguém
ousou amar?
E
a menina dos olhos brilhantes
Com
sua caixinha de diamantes,
Um
dia, do Poste, irá se lembrar?
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