domingo, 12 de julho de 2015

SOBRE A PREMENTE NECESSIDADE DE SORRIR.






Existe um adágio budista que diz, mais ou menos: se para cada momento triste existe um momento feliz que a ele se equivale, e vice-versa, não há motivos pra escolher a tristeza. Parece mesmo que a felicidade seja uma escolha. Todavia, difícil de ser feita. Às vezes tenho a impressão que existe dentro da gente uma inclinação natural a optar pelo estado tristonho e refugar o sorriso, como que fosse uma necessidade, a qual nos conduziria a nos sentirmos, paradoxalmente, vivos. É um contrassenso constatar isso, mas não deixa de ser um argumento válido, porque não se vive estando afundado na tristeza ou em sentimentos negativos, os quais nos conduzem pra destrutividade, pra inutilidade e total perda de tempo. É uma falsa impressão, na verdade, que nos traz a sensação de estarmos no centro das atenções, quando, ao invés, nos prostramos marginais, em busca de um alento qualquer, a nos conduzir a um reconforto desejado. Os dias são duros, eu sei; mas para vivê-los, indispensável uma boa dose de otimismo e aceitação dos obstáculos que se interpõe em nossa jornada, de modo a vê-los, não como entraves, mas, sim, como instrumentos assestados a um crescimento espiritual e ao alcance de um nível de autoconhecimento imprescindível à felicidade plena. Sim, a felicidade plena é possível, desde que não confundida com a ideia onírica do “final feliz” contado nas estórias infantis. Como conquistá-la? A essa pergunta, responderia um monge zen-budista: caminhe. Já eu: viva... Ou sorria! Força e fé sempre pelo caminho!